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Outubro Rosa: A autoestima e o Câncer de Mama

Atualizado: 8 de out. de 2020

Confira a reportagem do Observatório do 3º setor sobre o tema comentada pela Psicóloga, Anne Prado do Instituto Phases.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o que mais atinge as mulheres no Brasil e no mundo. A cada ano, são 1,5 milhão de novos casos de câncer no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Além disso, a Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer mostrou que 25% dos casos de câncer em mulheres são de câncer de mama. O INCA mostra que no primeiro estágio da doença a chance de sobrevida de cinco anos chega a quase 90%.

O tratamento do câncer de mama varia de acordo com o tumor de cada paciente. Entre as formas de tratamento estão: radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal e mastectomia (cirurgia para retirada parcial ou total da mama).

Mastectomia

A mastectomia foi o primeiro procedimento médico capaz de curar o câncer, pois consiste em um procedimento de retirada da mama, impedindo que o tumor se espalhe para outros órgãos do corpo e continue se desenvolvendo.

Existem três tipos de procedimentos cirúrgicos para o tratamento do câncer de mama: mastectomia parcial, que preserva parte da mama; mastectomia unilateral, que consiste na retirada apenas da mama onde foi identificado o tumor; e a dupla mastectomia, quando ambas as mamas são retiradas.

Algumas mulheres decidem fazer a retirada das mamas como forma de prevenção, considerando a grande probabilidade de desenvolver a doença no futuro, como o caso da atriz Angelina Jolie. Ela apresentava 87% de chances de ter câncer de mama futuramente, logo, em 2013, decidiu fazer a dupla mastectomia para prevenção, e em seguida fez o procedimento de reconstrução da mama.

Autoestima

O seio feminino sempre foi uma parte do corpo muito valorizada, remetendo a valores como feminilidade e fertilidade. Diante disso, imagine o quanto pode ser difícil para uma mulher perder a mama. É uma situação capaz de gerar problemas com autoestima e aceitação do próprio corpo.

A boa notícia é que existem diversas iniciativas que tentam colaborar com a autoestima e o empoderamento das mulheres que enfrentaram a mastectomia. Uma dessas iniciativas é o projeto ‘De Peito Aberto’, criado em 2006 pela jornalista e escritora Vera Golik, junto de seu marido, o fotógrafo e sociólogo Hugo Lenzi.

O projeto consiste em uma série de fotos, entrevistas, exposições e palestras de mulheres em todo o Brasil que estão enfrentando os problemas de autoestima relacionados ao câncer de mama. “Depois que as mulheres veem as fotografias, elas se sentem empoderadas; muitas que não queriam fazer a reconstrução mudaram de opinião depois de terem participado do ensaio”, disse Vera Golik.  “As fotos não são para mostrar a cicatriz ou a tristeza do câncer, mas sim para mostrar a beleza daquela mulher, independentemente do que ela esteja passando”, conclui.

“A autoestima é fundamental na recuperação de uma paciente com câncer de mama. A gente até brinca falando que a única coisa que o homem perde é a esperança, mas as mulheres perdem a esperança antes de perderem a vaidade. Então não é só pela questão da autoestima, mas também de um sentimento da vida toda, na questão da sensualidade etc.”, explica o oncologista Ricardo Caponero.

Fazer a reconstrução da mama com próteses de silicone pode ajudar, e muito, na autoestima, trazendo de volta o sentimento de feminilidade.

Segundo a Psicóloga Anne Prado:

É importante que a mulher nessa situação volte-se para si mesma, tenha tempo para se conhecer e resignificar tanto seu corpo como ela própria em seus diversos papéis. Normalmente, quando passamos por uma situação difícil, retomamos nossas escolhas e nossa vida como um todo.

Apesar de toda situação complicada que a doença traz para mulher, e muitas vezes para família, observo que durante e após esse período muitos paciente costumam relatar melhora na qualidade de vida após a recuperação.

É indicado que procure psicoterapia para que consiga primeiramente aceitar a doença, pois a primeira etapa normalmente é de negação, raiva e até mesmo culpa, e depois entender como lidar com essa nova situação. Outras atividades também podem ajudar muito, como dança, yoga, artes e até mesmo serviços estéticos; qualquer atividade que lhe traga bem-estar e contato consigo mesma é imprescindível nesse momento, assim como o apoio da família e pessoas queridas.


Deixe seu comentário, sugestão ou crítica e não se esqueça de compartilhar essa reportagem com mulheres que podem estar precisando dessa ajuda!


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