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Fibromialgia, a ‘dor invisível’

Essa semana a psicóloga Viviane Franco irá comentar sobre a matéria do Psicologia Acessível que irá falar sobre a Fibromialgia e os seus sintomas.

No que compreende a medicina e na busca constante de atualizações, diagnósticos e tratamentos possíveis para questões de saúde, existem pessoas que vivenciam os sintomas da condição clínica reumatológica chamada de FIBROMIALGIA que segundo dados em artigo científico escrito por Roberto E. Heymann e colegas ( Revista Brasileira de Reumatologia, 2017 ) no Brasil, na população geral, se presenta em até 2,5% pacientes, com predomínio no sexo feminino, entre os 35 e 44 anos.

Para podermos pensar sobre a Fibromialgia, e passar algumas ideias de como as pessoas que apresentam os sintomas lidam com uma condição, na qual existe a dificuldade de descrever e lidar com mais objetividade, pois é um fenômeno com diversas manifestações. Assim, tomo a liberdade de comentar alguns trechos do texto da psicóloga Ane Caroline Janiro.


Uma dor intensa e incapacitante que não deixa 'marcas' físicas. Isso faz com que a fibromialgia e seus sintomas ainda sejam pouco compreendidos pela maioria das pessoas.

O termo ‘fibromialgia’ refere-se a um quadro de dor generalizada e crônica e é considerada como uma síndrome, já que engloba diferentes manifestações clínicas que a caracterizam, por exemplo: dor intensa, fadiga, distúrbios do sono, indisposição.

Em 1992, a Organização Mundial da Saúde (OMS) a reconheceu como doença e dados mostram que ela ocorre com maior frequência em mulheres, sendo 80% dos casos diagnosticados. A frequência na população geral é de 1 a 5%.


Uma das maiores questões enfrentadas entre médicos e os pacientes que chegam aos consultórios, ambulatórios ou hospitais com queixas e sensações das dores em regiões do corpo, que são de difícil diagnóstico pois não há exames de imagem ou de laboratório que possam detectar a existência da fibromialgia e quem sofre com os sintomas tem dificuldades em manter as atividades de vida diárias que são comuns a população geral e o quadro clínico desperta angústias por motivos como a falta de certezas ou tratamento efetivos para o insistente incômodo sentido, por exemplo.


A origem desta condição ainda é desconhecida e cada vez mais profissionais da área tem se dedicado a estuda-la e a encontrar respostas que auxiliem no tratamento. As questões emocionais e sociais, por exemplo, são fatores amplamente associados à ocorrência da fibromialgia, porém, ainda é incerto afirmar que ela é causada por intercorrências psicossociais ou se o que acontece é justamente o oposto: que a dimensão emocional é uma consequência do sofrimento causado pela dor e outras questões, como a incompreensão familiar e social frente aos sintomas. Entretanto, ainda não existe uma evidência científica que relacione a fibromialgia com outras condições psicológicas ou psiquiátricas.


Ao ter contato com pacientes, e também percebido pela psicóloga Ane Caroline Janiro em seu texto que inspira está nossa reflexão, estas pessoas terão percepções dos sintomas de maneiras particulares e com a variação de seus estados emocionais, a presença de ansiedade, tensões e estresse decorrentes deste problema de saúde, a maneira singular como cada indivíduo sente a presença das dores, irá interferir na motivação de seguir com uma vida a mais ativa possível e o quanto a fibromialgia será uma interferência em seu bem estar, ou apresentarão em alguns momentos um período determinado de crises mais intensificadas, existem relatos das dores se intensificarem em dias mais frios, por exemplo.


Não há um tratamento específico para a fibromialgia, mas sim um controle de seus sintomas e de suas crises. Uma das formas controle é então o acompanhamento psicológico, fundamental nesta doença, pois irá auxiliar o paciente a encontrar estratégias de enfretamento dos sintomas e das consequências sociais e emocionais. Caso haja a ocorrência de outros transtornos psicológicos devidamente diagnosticados, pode ser necessária a intervenção medicamentosa para esses quadros específicos.

Atividades físicas orientadas pelos profissionais de saúde também são de extrema importância, pois, além de auxiliarem no controle dos níveis de estresse e ansiedade, contribuem para o relaxamento das áreas afetadas pela dor, melhoram o condicionamento físico, cardiovascular, o alongamento, entre outros benefícios.


Devemos nos atentar e especialmente os profissionais da área da saúde e cuidadores devem estar sensíveis as facetas da fibromialgia, ao percebermos que como consequência despertam quadros de ansiedade, depressão, isolamento que devem ser acolhidos e compreendidos apesar do que podemos imaginar ser esta “dor invisível”.


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